segunda-feira, 18 de abril de 2011

Há muito tempo não tenho coragem de escrever. Talvez seja uma forma de não enfrentar o que acontece comigo. Ou, talvez, seja só preguiça. Preguiça de pensar. Não importa. Só sei que atingi o meu limite e eu preciso achar uma forma de resolver tudo. Não tudo, mas pelo menos uma parte. Uma coisa pequena que incomoda tanto.
Fico com raiva de ser tão covarde. Talvez se eu tentasse mais, se eu arriscasse mais. Poderia ser diferente. Eu iria quebrar a cara, mas saberia, enfim, qual é a verdade. Qual o sentido de achar que Jane Austen tem razão e todo aquele romance pode acontecer, se no final as caraminholas começam a surgir na cabeça? Pode ser invenção da minha mente. Ela é tão fértil às vezes.
Eu só queria saber... Saber se aquilo tudo foram só atitudes randômicas ou significaram algo. Tentar é tão complicado. "Você precisa tentar pra saber", me falam. Só que eu evito ao máximo sofrer e me machucar novamente. Sou nova, mas isso não quer dizer nada. Já passei por situações inimagináveis. Ninguém precisa saber. Por isso vou procrastinando a dor. Não que isso melhore nada, porque eu vou gostando cada vez mais. E a queda passa a ser cada vez maior.
Quanto mais eu quero esquecer, mais parece que você está grudado com super bonder na minha cabeça.